Bem vindo

No mundo ficiticio de Gor muitas historias se desenrolam, essa é apenas uma, nos links de blogs ha historias de outros que tem seus caminhos cruzados e costurados pela agulha do destino, suas vidas contadas nas trilhas desse mundo brutal.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Jogos do Amor e Guerra




Minha vida transcorreu normalmente ate meus vinte anos. Meu tio Harkan, morava agora em minha antiga casa, com seu filho Raphar e suas escravas. Foi para la que fui levada. Aos poucos ele recontruiu a casa em sua grandeza e luxo, grande parte com minha fortuna. Ele era meu tutor, ate que eu completasse a maior idade ele era o responsavel por administrar todos os meus bens. Os negocios de meu pai passaram para o seu controle e o dinheiro tambem. Vivi como qualquer mulher livre bem nascida. Tinha belos vestidos, joias e escravas para me servirem. Vivia dentro dos muros e nos jardins da casa, sempre guardada por soldados que serviam meu tio . Eram os jardins meus lugares preferidos e era a companhia das escravas que eu tinha. A boa vida de meu tio e o luxo de meu primo dependiam do que meu pai tinha deixado para mim. Haphar tinha mais ou menos a minha idade, era um dos melhores guerreiros de Turia, mas era fraco, sempre controlado por meu tio e com uma tendencia a luxuria , bebedeira e jogos que consumiam muito dinheiro. Durante esses anos muitos pretendentes a minha mão  apareceram. Eu era considerada um bom partido. Recusei todos, ano apos ano. Não queria  contrato, apenas aguardava minha maior idade para tomar controle sobre tudo o que era meu, sem mestres, sem senhor, sem um homem para dirigir a minha vida.  Em parte meu tio não se desagradou, ele tinha planos para mim e para Raphar. Era do agrado dele o contrato em ambos. Eu tambem recusei meu primo e dessa vez meu tio não se agradou. Ainda me lembro da discussão, ele querendo impor sua vontade sobre mim. Mas eu tinha um genio dificil, herdado de meu pai e não cedi as suas pressões.  Então um dia ele me chamou ao seu escritorio. Os Jogos de Amor e Guerra estavam proximos. Esses jogos eram realizados a cada dois anos entre a cidade de Turia e o povo do Vagão. Uma tregua temporaria, onde se se combatiam tendo como premios as mulheres de ambos os povos.Jogos são do agrados de ambos os povose aquilo era mais que um jogo, um festa..era uma disputa entre aquela gente, onde a honra de cada povo estava em jogo. Em geral uma mulher livre não pode ser enviada sem a sua vontade, algumas são criadas com esse intuito, a serem premios nos jogos. Segundo meu tio, sua guilda devia apresentar uma mulher naquele ano e ele não tinha uma, sequer tinha filhas . Ele deixou bem claro que seria uma boa ideia que eu me apresentasse, como forma de retribuir toda a boa vontade dele nesses anos todos. Me lembrou o quao tolerante foi com meu genio, o como vinha administrando bem os meus bens sem nada receber em troca e de todas as vezes que ele não me forçou a um contrato. Me garantiu que Raphar seria meu defensor e que ele jamais perdia uma disputa. Não preciso dizer o quão indignada fiquei com o pedido, mas ele tinha sido bem convincente, seu eu participasse,  ele me devolveria a posse de meus bens, antecipando minha maioridade.  Faltava apenas um ano para minha maior idade, mas a  garantia de Raphar como meu protetor me deu sustento e eu aceitei.  Os jogos são algo impressionante de se ver, se voce esta apenas assistindo. Me lembro de como estava assustada por baixo de meu véu.  Em campo aberto, num territorio estipulado como neutro, os dois povos se reunem. De um lado em uma linha,  homens e mulheres de Turia, do outro, o povo das quatro tribos do vagão. A impressão que tive deles não foi boa, eu ja tinha o desprezo e o ódio guardado por aquele povo que matou meu pai e meus irmãos. Mas a visão deles era aterradora. Homens com cicatrizes coloridas, hediondas, nas faces que lhes davam um ar aterrador, modos barbaros, gritando provocações para o povo de Turia. No meio entre as duas linhas haviam postes onde as mulheres, tantos as turianas quanto as do povo do vagão, eram amarradas e tinham o veu arrancado. Raphar estava ao meu lado como meu defensor, quando um jovem Tuchuk deixou os olhos cair sobre mim e veio decidido, reivindicar o direito de lutar por mim.  O desafio foi aceito de modo arrogante por meu primo como era de se esperar, mas o jovem parecia não se impressionar ou temer a fama de meu primo. Lembro dos olhos azuis cintilando para mim, o sorriso seguro de quem estava certo que me levaria. Eu tive medo naquela hora, medo de pertencer aquele homem e orei aos Pks que nao me reservassem esse destino cruel, que guiassem a espada de meu primo e tirassem o sorrio do rosto daquele Tuchuk. O combate não foi longo, porem bem disputado e para  meu horror, o Tuchuk venceu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário