Bem vindo

No mundo ficiticio de Gor muitas historias se desenrolam, essa é apenas uma, nos links de blogs ha historias de outros que tem seus caminhos cruzados e costurados pela agulha do destino, suas vidas contadas nas trilhas desse mundo brutal.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A Escrava



"ME SOLTE SEU ANIMAL....RAPHAR, FAÇA ALGUMA COISA!! "

Eu esbravejava quando ele colocou o colar em mim, ali mesmo, ainda amarrada ao poste. Aquilo era um pesadelo que não terminava, so ficava pior. O frio do metal no meu pescoço e o click ao ser fechado me levaram ao desespero. Eu gritava, enquanto ele passava a leash e me arrastava para o lado do povo do vagão. Eu chutava,  freava o passo, resistia... ele apenas ria. Odiei Raphar naquele momento por ter perdido, odiei o Tuchuk por ter vencido, odiei a mim mesma por ter concordado. Odiei aquele povo que ria e cumprimentava o campeão pelo premio se divertindo as custas do meu cruel destino.
Logo os gritos e festejo dos jogos ficavam para tras e eu estava num vagão sendo levada para o camp. Ter sua vida mudada não é algo facil. De livre , com todo o conforto que eu tinha me vi  com um colar no pescoço, em um vagão imundo, em meio a bosks e selvagens. A raiva e a indignação eram tantas que não tinha ainda deixado as lagrimas rolarem. Acho que no fundo ainda tinha esperanças de acordar e ver que tudo não passava de um sonho ruim. Acampamos assim que a noite caiu. Alguns homens acendiam o fogo, alguns outros levavam os bosks para o pasto, estavamos ainda ha boas horas de caminhada do Camp Tuchuk. As meninas de Turia que como eu tinham sido feitas escravas, se apressavam a aceitar sua condição e obedecer seus mestres. As meninas do vagao que tinham sido defendidas , escarneciam das novas escravas, fazendo da vida de cada uma ali um pequeno inferno. Eu tinha o meu proprio inferno:. o Tuchuk que me ganhara..

" - Quem penso que sou? Não, kajira.. eu não penso.. eu sou.. seu dono.. é isso que diz este colar que leva ao pescoço.. Yanko dos Tuchuks.."
E foi então que eu o vi me levar para o vagão  e sem se importar com meus protestos , perfurar meu nariz e me colocar um aro de metal em ouro, tal qual os bosks usavam. Ele me relegara aquela condição, a de um simples animal, apenas com menos valor, ja que os bosks são sagrados para eles. Mas eu não me dobrei, não me ajoelhei , nem fui submissa, ao contrario, ficava sempre em , a cabeça erguinda com os olhos sempre a desafia-lo e palavras desagradaveis em minha boca. Ele não me bateu , nem se quer foi bruto ou imapaciente ante os meus protestos , meus gritos e ofensas....sim poque com o odio que eu estava , minha lingua não se calava. Desfiava todas as ofensas  e insubordinações que eu conhecia. Mas ele parecia se divertir com meu genio, com as afrontas . A confiança dele chegava a ser desconcertante, ele me olhava e era como se soubesse que mais cedo ou mais tarde eu iria me curvar e essa perspectiva , parecia agrada-lo. Eu o odiava e se pudesse o teria matado.
Ele tomou suas providencias, passou sinos no meu tornozelo para indicar meus movimentos atraves do som, e picou meu belo vestido em tiras. Lembro da vergonha enquanto tapava com as mãos meu seios e me sexo e tentava me cobrir como podia, enquanto ele corria os olhos fascinados pelo meu corpo.

" - Está linda assim.. muito mais bonita do que com aqueles panos todos a lhe cobrir.. é bonita kajira.."

Hoje quando me lembro daquele dia e de como tudo aconteceu, sei que mesmo antes dele ver meu meu rosto quando arrancaram meu veu, ele ja tinha me escolhido.
Naquela noite , eu recebi meu castigo por tanta rebeldia. Despida e sem uma unica pele para me cobrir, ele me colocou para dormir a ceu aberto, junto com os  bosks que eu tanto odiava.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Jogos do Amor e Guerra




Minha vida transcorreu normalmente ate meus vinte anos. Meu tio Harkan, morava agora em minha antiga casa, com seu filho Raphar e suas escravas. Foi para la que fui levada. Aos poucos ele recontruiu a casa em sua grandeza e luxo, grande parte com minha fortuna. Ele era meu tutor, ate que eu completasse a maior idade ele era o responsavel por administrar todos os meus bens. Os negocios de meu pai passaram para o seu controle e o dinheiro tambem. Vivi como qualquer mulher livre bem nascida. Tinha belos vestidos, joias e escravas para me servirem. Vivia dentro dos muros e nos jardins da casa, sempre guardada por soldados que serviam meu tio . Eram os jardins meus lugares preferidos e era a companhia das escravas que eu tinha. A boa vida de meu tio e o luxo de meu primo dependiam do que meu pai tinha deixado para mim. Haphar tinha mais ou menos a minha idade, era um dos melhores guerreiros de Turia, mas era fraco, sempre controlado por meu tio e com uma tendencia a luxuria , bebedeira e jogos que consumiam muito dinheiro. Durante esses anos muitos pretendentes a minha mão  apareceram. Eu era considerada um bom partido. Recusei todos, ano apos ano. Não queria  contrato, apenas aguardava minha maior idade para tomar controle sobre tudo o que era meu, sem mestres, sem senhor, sem um homem para dirigir a minha vida.  Em parte meu tio não se desagradou, ele tinha planos para mim e para Raphar. Era do agrado dele o contrato em ambos. Eu tambem recusei meu primo e dessa vez meu tio não se agradou. Ainda me lembro da discussão, ele querendo impor sua vontade sobre mim. Mas eu tinha um genio dificil, herdado de meu pai e não cedi as suas pressões.  Então um dia ele me chamou ao seu escritorio. Os Jogos de Amor e Guerra estavam proximos. Esses jogos eram realizados a cada dois anos entre a cidade de Turia e o povo do Vagão. Uma tregua temporaria, onde se se combatiam tendo como premios as mulheres de ambos os povos.Jogos são do agrados de ambos os povose aquilo era mais que um jogo, um festa..era uma disputa entre aquela gente, onde a honra de cada povo estava em jogo. Em geral uma mulher livre não pode ser enviada sem a sua vontade, algumas são criadas com esse intuito, a serem premios nos jogos. Segundo meu tio, sua guilda devia apresentar uma mulher naquele ano e ele não tinha uma, sequer tinha filhas . Ele deixou bem claro que seria uma boa ideia que eu me apresentasse, como forma de retribuir toda a boa vontade dele nesses anos todos. Me lembrou o quao tolerante foi com meu genio, o como vinha administrando bem os meus bens sem nada receber em troca e de todas as vezes que ele não me forçou a um contrato. Me garantiu que Raphar seria meu defensor e que ele jamais perdia uma disputa. Não preciso dizer o quão indignada fiquei com o pedido, mas ele tinha sido bem convincente, seu eu participasse,  ele me devolveria a posse de meus bens, antecipando minha maioridade.  Faltava apenas um ano para minha maior idade, mas a  garantia de Raphar como meu protetor me deu sustento e eu aceitei.  Os jogos são algo impressionante de se ver, se voce esta apenas assistindo. Me lembro de como estava assustada por baixo de meu véu.  Em campo aberto, num territorio estipulado como neutro, os dois povos se reunem. De um lado em uma linha,  homens e mulheres de Turia, do outro, o povo das quatro tribos do vagão. A impressão que tive deles não foi boa, eu ja tinha o desprezo e o ódio guardado por aquele povo que matou meu pai e meus irmãos. Mas a visão deles era aterradora. Homens com cicatrizes coloridas, hediondas, nas faces que lhes davam um ar aterrador, modos barbaros, gritando provocações para o povo de Turia. No meio entre as duas linhas haviam postes onde as mulheres, tantos as turianas quanto as do povo do vagão, eram amarradas e tinham o veu arrancado. Raphar estava ao meu lado como meu defensor, quando um jovem Tuchuk deixou os olhos cair sobre mim e veio decidido, reivindicar o direito de lutar por mim.  O desafio foi aceito de modo arrogante por meu primo como era de se esperar, mas o jovem parecia não se impressionar ou temer a fama de meu primo. Lembro dos olhos azuis cintilando para mim, o sorriso seguro de quem estava certo que me levaria. Eu tive medo naquela hora, medo de pertencer aquele homem e orei aos Pks que nao me reservassem esse destino cruel, que guiassem a espada de meu primo e tirassem o sorrio do rosto daquele Tuchuk. O combate não foi longo, porem bem disputado e para  meu horror, o Tuchuk venceu.