Bem vindo

No mundo ficiticio de Gor muitas historias se desenrolam, essa é apenas uma, nos links de blogs ha historias de outros que tem seus caminhos cruzados e costurados pela agulha do destino, suas vidas contadas nas trilhas desse mundo brutal.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Começo


"Do veu que cobria meu rosto, da visão dos lugares que eu amava,  restaram apenas as lembranças...."   Hareena de Turia



 TURIA





Turia é uma cidade maravilhosa, erguida nas planicies de Gor bem ao sul. Uma cidade rica e luxosa  ergunendo-se imponente nas pradarias com seus altos muros brancos e  suas torres reluzentes.  Comparada a gloriosa Ar, dali saem os melhores produtos de toda Gor. Sedas, vinhos, joias, perfumes, escravos, e tambem mercadorias que chegam de todos os cantos do mundo. È possivel sentir todo tipo de aroma  e experimentar todos os sabores. Suas ruas pavimentadas, seus jardins , casas de banhos e lojas luxuosas fazem de Turia um lugar sem igual.. Uma cidade voltada para o prazer dos olhos e dos sentidos. Foi la que nasci . Eu venho de uma familia de comerciantes, a mais nova e unica mulher entre tres irmãos. Desde a grande invasão Tuchuk , onde pela primeira vez a cidade foi sitiada e invadida em seculos, eu não via essas paragens. Estava ansiosa para voltar para casa. Há dois ano tenho vivio entre o povo do Tahari.  As lembranças ainda são dolorosas quando lembro da  minha familia. Perdi minha mãe quando eu ainda era uma menina e fui criada pelas escravas da casa.Tive todo o luxo e conforto que alguem pode ter. Meu pai e meus irmãos morreram defendendo a cidade durante a invasão..Eles conseguiram me retirar de Turia a tempo e me enviar para a cidade de Tor. Os gritos, o sangue e o fogo, aquele dia jamais sairá da minha memoria. Naquele dia eu fiquei só no mundo.




TOR






O Tahari é lugar fascinante e a cidade de Tor uma joia inscrustada no deserto.Nada se compara a visão de suas torres banhadas pelo sol poente, a energia , o burburinho do mercado com a sua profusão de cores, e aromas pelas ruas. As vestes brancas dos homens, o negro do Haik que cobre as mulheres e o tilintar dos sinos nos seus tornozelos, se misturando ao doce som de flautas e cimbalos. O colorido diafano do Chalwar das escravas, o luxo das casas, os jardins sombreados, a varidade das frutas e sabores, Tor é como uma cidade que se conta nos contos, que voce so acha que existe em historias contadas para crianças. Mas não era minha casa, não era minha cidade , não era o meu povo, não eram minha familia. Eu tinha na epoca a idade de !3 anos quando fui levada para a familia de Shaphir, um mercador amigo de meu pai. Vivi entre aquela gente excepcional com todo o conforto que eles poderiam me dar. Cuidaram bem de mim e guardo aquela gente e aquelas terras de misterio e riquesa no meu coração. Um povo valente , corajoso, que faz das dificuldades que o deserto lhes impõe a força para seguirem em frente e  da agua o seu bem mais precioso. Mesmo de longe eu não os esqueço e desejo de todo meu coração , que a bolsa de agua deles nunca fique vazia.



 O LARL





Estavamos ha dois dias de Turia. A caravana tinha parado para montar acampamento, logo o sol se poria e traria a vastidão do ceu estrelado das pradarias. Eu tinha 15 anos e meu tio, irmão de meu pai havia mandado me buscar. Era agora o meu tutor e seria ele a zelar pelo meu bem estar e minha herança. Turia havia sido reconstruida  e retomava aos poucos a sua posição de outrora.O cheiro suave da grama, o sol que dourava as planicies....era como a visão do paraiso, eu estava em casa novamente e uma alegria imensa  tomava meu peito. Para desespero de Hagar, lider da caravana e homem de confiança de meu tio,  eu havia insistido em fazer a maior parte do percurso montada em Céu, a kailla que ganhei de Shaphir. Desmontei o animal enquanto os homens armavam  as tendas e acendiam o fogo. O barulho de uma cachoeira podia-se ouvir e insisti em me banhar para tirar o cansaço e a poeira da jornada. A contra gosto Hagar concordou, ele ja tinha descoberto que não era muito facil me convercer do contrario quando eu colocava algo em minha cabeça. Com duas escravas e alguns homem que ele designara para guardar a area a uma distancia que não tirasse minha privacidade, segui a trilha que dava num pequeno lago margeado por pedras e arvores , onde desaguava uma uma pequena cascata. Tirei o Haik negro das mulheres do Tahari e mergulhei nas aguas geladas do lago. Perdi a noção do tempo me deliciando nas aguas, as escravas me banharam  e sentada em uma pedra eu cantarolava feliz enquanto elas penteavam meus longos cabelos negros. Foi quando um grito quebrou o sossego. Lembro de levantar assustada enquanto procurava meu Haik e tentava me vestir, o rufar de cascos batendo no solo como trovões na pradaria se faziam ouvir , era o estouro de uma manada de bosk. Foi então que vi,  um enorme Larl que perseguia o gado em caçada. As escravas me gritavam para que saissemos dali, mas minha atenção estava presa na cena que se formava. Um jovem surgiu não sei bem de onde e se colocou em luta com o animal para defender a manada. Eu nunca tinha visto nada igual, a corajem do rapaz era surpreendente e vi quando ele confrontou o animal e caiu com o  primeiro golpe do larl. Lembro de prender o ar, e torcer por ele quando ele se atirou, mesmo ferido para cima do animal. Aqueles momentos pareciam horas, por fim o animal tombou morto de um lado e o rapaz ferido do outro. As escravas me puxavam para que saissemos dali. Nâo sei o que deu em mim, mas ao invez de atende-las eu corri na direção do jovem que estava banhado em sangue. Ainda tinha os cabelos molhados, só havia vestido a tunica do Haik  e tinha o rosto descoberto. Me coloquei ao lado dele e chamava por ele para ver se ainda estava vivo. Ele abriu os olhos de um azul intenso e olhou para mim. Com o  rosto crispado de dor em meio ao sangue ele me olhava fixamente enquanto as escravas me puxavam para que saissemos dali. Só mais tarde eu entenderia que tinha cometido o maior erro da minha vida, ele tinha vista o meu rosto. Ouvi gritos que indicavam que mais homens se aproximavam e cedi aos apelos das escravas. Estavamos agora em perigo. Corri com elas para a segurança do acampamento , lancei um ultimo olhar na direção do rapaz e pude ver a ajuda chegando. A noite a beira do fogo, no estalar das chamas eu pensava no corajoso jovem que tinha matado o larl e pedia aos Priests Kings  para que  ele sobrevivesse.